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100 anos da Semana de Arte Moderna: preservando o legado modernista brasileiro

100 anos da Semana de Arte Moderna: preservando o legado modernista brasileiro
18 de fevereiro de 2022

Completados nesta semana, os 100 anos da Semana de Arte Moderna (SAM) de 1922 ainda provocam, tanto agora como na época, uma mistura heterogênea de sensações. Como todo movimento que se propõe a quebrar paradigmas, é fácil encontrar erros e acertos, coerência e contradição coexistindo em meio à ordem e ao caos.

Embora não tenha sido o evento em si o precursor do chamado pensamento moderno no Brasil, já notado em diversas produções artísticas anteriores àquela semana, é fato que sua realização se tornou, ao sabor da história e do imaginário, o símbolo de uma ‘geração que abalou o país’ ao quebrar regras e tabus, tudo em nome de uma identidade brasileira em todos os setores das artes.

Tarsila do Amaral é um dos nomes mais lembrados desta geração, mas ao contrário do que muitas pessoas ainda pensam, ela não participou diretamente da SAM, embora fosse companheira de Oswald de Andrade, um dos líderes do evento, ao lado de Mário de Andrade, Di Cavalcanti, Heitor Villa-Lobos, Victor Brecheret, Graça Aranha, entre outros.

Isso nos mostra que é injusto atribuir a este evento o peso de ser o recorte definitivo sobre o modernismo brasileiro. Se não foi pioneiro nem a mais aclamado, é mais correto reconhecer que a SAM contribuiu com a consolidação do ser e estar moderno nas artes, acrescentando-lhe um ingrediente ainda não tão usado até então: a brasilidade.

Mesmo que influenciada por referências externas, afinal, o Brasil é a própria representação da miscigenação entre etnias e culturas diferentes, o movimento mostrou que também há valor criativo por essas bandas, ou seja, produzir e criar aqui no Brasil o que até então praticamente só se via lá fora.

SP-ARTE 2017 com Tapeçarias Arazzo Tarsila© do Amaral by Kamy | Foto: Emerson Alves

Engana-se, porém, que as influências modernistas ficaram circunscritas às artes plásticas, literatura, cinema e a música. Também a arquitetura e o design de mobiliário foram profundamente influenciados, resultando em uma produção até hoje reverenciada na área.

Da arquitetura de Lina Bo Bardi, Vilanova Artigas, Lúcio Costa, Paulo Mendes da Rocha e Oscar Niemeyer ao design de Sérgio Rodrigues, Jorge Zalszupin, Zanine Caldas, Joaquim Tenreiro, entre tantos outros nomes, há um universo de criações que moldaram e projetaram o desenho nacional mundo afora.

Tapeçaria Arazzo Tarsila© do Amaral Religião Brasileira | Foto: Emerson Alves


Preservando o legado modernista

A by Kamy se identifica com o pensamento modernista, o que naturalmente a aproximou de muitos destes artistas, estabelecendo vínculos dos quais temos muito orgulho. Somos uma empresa que valoriza e potencializa, em todo o seu processo criativo, o olhar brasileiro sobre o mundo e a vida, resultando em um design de peças que efetivamente sintetiza a ‘ginga’ e a rica miscigenação tupiniquim. É fato que o legado deixado por cada artista ditou e influenciou o jeito de pensar e criar da by Kamy.

Usamos o mundo como fábrica, é verdade, mas justamente para encontrar na imensidão deste planeta a melhor maneira de tecer e os melhores insumos para criar peças que corroborem com o design feito aqui, mantendo vivo o legado da criatividade nacional.

Para além das influências no design das nossas peças, acreditávamos que poderíamos contribuir de uma forma ainda mais clara com a preservação do legado artístico brasileiro, sobretudo o modernista, colocando o vasto acervo destas artistas sob a nossa perspectiva têxtil.

Assim nasceu a by Kamy Arte, a nossa unidade criativa que reúne peças de tiragem limitada, confeccionadas com teor artístico apurado e qualidade superior, fruto de parcerias exclusivas com as antigas tecelagens que, até hoje, produzem preciosas manufaturas feitas à mão.

Tapeçarias Arazzo Tarsila© do Amaral by no Art e Design Gallery em Miami 2018

A partir disto, construímos um rico acervo, entre almofadas, tapetes e tapeçarias, mas os grandes destaques ficam por conta dos arazzos. Nunca ouviu falar nesta palavra? Pois bem, ela é uma palavra italiana que define um produto têxtil feito à mão, suntuoso e diferenciado. Uma obra de arte para ser exposta em paredes. Arazzo deriva da palavra Arras, cidade francesa, que a partir da Idade Média começou a produzir obras têxteis.

Para a produção era necessário o desenho de uma grande artista, chamado “Cartone”, hábil tecelão. A assinatura do grande artista se unia a destreza e interpretação artística do tecelão e assim, nascia uma grande obra. Dois pares de mãos para uma única obra! No nosso canal do YouTube, temos um vídeo especial sobre arazzos, confira:

Construídos como uma obra de arte para paredes, encontramos no arazzo a melhor e mais rigorosa maneira de representar as obras de grandes artistas da maneira que elas merecem, evidenciando toda a sua preciosidade.

Nosso acervo conta tanto com peças de artistas de projeção internacional, como Tarsila do Amaral e Di Cavalcanti, quanto destaques da cena artística nacional, como Gilvan Samico e Niobe Xandó, que beberam na fonte do modernismo e criaram peças belíssimas representadas pela by Kamy.

A brasilidade não pertence mais só aos brasileiros, mas ao mundo. Esse jeito de viver e pensar é amado e admirado mundo afora, cativando mentes e corações. Nosso acervo também buscou essas referências e encontramos em Yu Li Min, uma jovem artista chinesa, uma maneira de representar em tapetes tudo aquilo que ela entendeu e interpretou da brasilidade, tudo com muita naturalidade e riqueza de detalhes.

A by Kamy é a única marca no mundo autorizada a reproduzir em arazzos as obras destes artistas, mostra o tamanho do nosso apreço em proporcionar às pessoas a oportunidade poder contar em casa com obras licenciadas por esta e outros artistas, produtos confeccionados com o carinho e o rigor necessários para estar à altura das obras originais.

É com muita satisfação que podemos olhar para as nossas paredes e resgatar nesta semana o quanto podemos admirar a genialidade e a criatividade destes artistas reproduzida a partir da nossa expertise, fazendo o legado modernista pulsar no nosso presente, dentro da nossa casa!

Dos museus e galerias de arte para sua casa, não perca tempo: conheça todo o acervo da by Kamy Arte clicando aqui!

Projeto assinado por Alice Martins e Flavio Butti para a Vitrine by Kamy D&D 2019


Atrações por toda a cidade

Se você, assim como nós, é apaixonado pelo legado modernista, não pode perder as diversas atrações que celebram o centenário da Semana de Arte Moderna.

Selecionamos cinco atrações desta matéria do Estadão das quais acreditamos que você não pode perder de jeito nenhum!

Tour guiado | Em busca dos modernistas (última chance!!)

O tour guiado a pé pela região do Centro Velho e Novo da cidade de São Paulo conta a história do movimento a partir da arquitetura, monumentos, fotografias, poesias e literatura. Em uma caminhada que transporta o público para as primeiras décadas do século passado, o roteiro estabelece uma conexão entre o Centro, a história de São Paulo, o Movimento Modernista, suas personalidades e sua produção artística. Organizado pelo Pátio Metrô São Bento, o passeio acontece pela última vez no último sábado do mês de fevereiro, às 11 horas (retirada de senhas a partir das 10h30). O roteiro foi criado pela guia de turismo Tereza Cristina Ferreira Batista do projeto São Paulo com Afeto.

Dias: 26 de fevereiro

Saída: Pátio Metrô São Bento, Praça da Colmeia

Horário: às 11 horas (retirada de senhas a partir das 10h30)

Sujeito à lotação


Pinacoteca | Exposição “Modernismo, Destaques do acervo”

São 134 trabalhos obras do museu ligadas ao tema, entre pinturas históricas, como ‘Amigos’, de Di Cavalcanti, ‘Antropofagia’ e ‘São Paulo’, de Tarsila do Amaral; ‘Auto-retrato’ e ‘Portadora de Perfume’, de Victor Brecheret; ‘Bananal’, de Lasar Segall; ‘Casal na varanda’, de Cícero Dias e ‘Dois Irmãos’, de Ismael Nery. Fica aberta até 20 de dezembro.

Endereço: Praça da Luz, 02, Luz, CEP 01120-010, São Paulo-SP




Museu de Arte Sacra | Exposição “A Arte Sacra dos Modernistas

Com curadoria de Di Bonetti e projeto expográfico de Gilson Alcântara, a exposição reunirá um conjunto significativo de artistas modernistas, com obras gestadas a partir da sua religiosidade ou da sua fé. Integram a exposição artistas que correspondem à primeira fase do modernistas e também aqueles, sucessores do movimento. Ficará aberta de 16 de abril até 12 de junho.

Endereço: Av. Tiradentes, 676, Luz, CEP 01101-010, São Paulo-SP



Memorial da América Latina | Exposição “Pilares de 22

Com curadoria de José Alberto Lovetro, presidente da Associação dos Cartunistas do Brasil, a mostra “Pilares de 22” contará com caricaturas gigantes para homenagear quem participou da Semana da Arte Moderna e também aqueles que contribuíram para difundir as ideias modernistas pela América Latina. As caricaturas são do artista Luiz Carlos Fernandes, paulista de Avaré e que coleciona mais de 70 prêmios de artes gráficas no Brasil e no exterior. Localizada nas pilastras do Pavilhão da Criatividade Darcy Ribeiro, a exposição fica aberta até o dia 13 de abril.

Endereço: Av. Mário de Andrade, 664, Barra Funda, CEP 01156-001, São Paulo-SP


Museu Afro Brasil | Exposição “Esse Extraordinário Mário de Andrade

A mostra é organizada em módulos expositivos, seguindo eixos de atuação de Mário de Andrade como poeta, cronista, romancista e pesquisador, além de crítico de arte e de literatura, musicólogo e fotógrafo. Um destes eixos abordará o período em que este grande intelectual esteve à frente do Departamento de Cultura de São Paulo, com destaque para a Missão de Pesquisas Folclóricas por ele idealizada. Outros eixos abordarão suas pesquisas e análises sobre o barroco mineiro, fotografias feitas por Mário em suas viagens ou retratos dele feitos por outros fotógrafos, além de caricaturas. Fica aberta até o dia 30 de junho.

Endereço: Parque Ibirapuera, Portão 10, Av. Pedro Álvares Cabral, s/n, Vila Mariana, CEP 04094-050, São Paulo-SP


Quem já nos segue no Instagram, deve ter reparado que a semana foi todinha dedicada aos mestres modernistas, com arazzos que encheram as telas de computadores, tablets e celulares de brasilidade. Se você perdeu alguma postagem, corra para o @bykamy.

Para coroar nossa homenagem ao Centenário da Semana de 22, preparamos um IGTV ilustre: aproveitamos a visita do curador de arte e design Waldick Jatobá (@waldickjatoba) nesta semana e gravamos TUDO! Você já pode conferir na íntegra o papo sobre influências do modernismo na contemporaneidade pois está imperdível!

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