Guia da Folha | Conheça a nova cara da Galeria Metrópole, que forma polo criativo no centro de São Paulo
Quem hoje entra na Galeria Metrópole se depara com um cenário um tanto diferente daquele mar de agências de turismo e lojas de câmbio que, nas últimas décadas, povoaram o prédio na região central de São Paulo. É cada vez mais comum o vaivém de uma turma mais moderninha vagando por ali, entre cafés e livrarias, abrindo restaurantes veganos, galerias de arte e casas voltadas ao artesanato brasileiro.
Ícone da arquitetura modernista, o edifício histórico projetado entre os anos 1950 e 1960 por Gian Carlo Gasperini e Salvador Candia já foi, em seus primórdios, um reduto da elite paulistana. Com o fim da pandemia, que fechou as portas de muitos locais tradicionais por ali, a galeria vive uma nova fase.
Alves encabeçou o selo Criativos do Centro, que tenta dar uma unidade a esse movimento. "Eu fico no pé de todo mundo para vir para cá. De preferência para a minha galeria", diz o designer, que espalhou vários de seus bancos por ela.
Apesar da fachada discreta da Zarvos, Alves faz da vitrine que dá para a calçada um cenário. Hoje sua loja tem 260 metros quadrados —que alugou pelo mesmo valor que, segundo ele, pagava em 60 metros quadrados na Vila Madalena.
O artista pernambucano Derlon também foi influenciado por Alves e abrirá seu ateliê na Zarvos nos próximos meses, com planos de instalar suas obras inspiradas na xilogravura popular. No primeiro andar, abrirá uma loja de tapetes, a By Kamy, que fará a sua estreia durante a Design Weekend, que acontece em março.
A edição de 2022 do evento, inclusive, já havia jogado luz sobre os artistas que estão no centro, uma vez que contou com circuito na região. Já neste ano, a Feira da Rosenbaum acontecerá na Zarvos, em várias lojas que estão vazias.
"Tem que ter um movimento coletivo. Quanto mais razões as pessoas tiverem para vir para o centro, mais elas vão vir", diz Alves. Lassen, que tem loja em shopping e em galeria, acredita que a grande diferença entre os dois ambientes talvez seja o senso de coletividade que se criou ao redor da Metrópole —com seus 350 pontos comerciais— e dessa cena criativa que borbulha no centro pós-pandemia. "A gente está vindo reconstruir aqui juntos. A gente vai dar essa cara para a Metrópole."
Galeria Metrópole
Av. São Luís, 187, República, região central
Foz
Espaço físico da marca do designer e estilista Antônio Castro, onde apesenta suas peças de roupa, bolsas e decoração. Inaugura nesta sexta, 27.
2º andar, loja 15
Ju Amora
Loja de bancos decorados e produzidos por Juliana Amorim. Eles tem funcionalidades diferentes: servem para ser mesa, levar ao piquenique ou decorar o quarto da criança.
1º Andar, loja 15
Paiol
Loja de artesanato brasileiro, com curadoria de Lucas Lassen.
1º Andar, loja 25
Senhor Coelho
Espaço físico da fábrica de uniformes Senhor Coelho, fundada por Thaís Mozer. Além de servir para atender aos clientes, ela tem camisas e coleções de roupas para vender.
2º Andar, loja 40
Galeria Zarvos
Av. São Luís, 258, Consolação, região central
Estúdio Paulo Alves
Espaço onde ficam a mostra os trabalhos do designer e arquiteto Paulo Alves, focado na madeira.
Térreo
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