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Tapetes mágicos: deixe a sua imaginação voar!

Tapetes mágicos: deixe a sua imaginação voar!
17 de junho de 2022

Além da beleza e majestosidade, os tapetes persas consolidaram ao longo da história tamanho valor simbólico que, diante de tantos elementos positivos associados à imagem e reputação deles, não é um exagero dizer que se tornaram um dos grandes símbolos culturais e sociais da humanidade.

Esta constatação revela que um tapete é muito maior do que ele, delimitado por suas bordas e franjas, aparenta ser. É uma peça que transcende o aspecto material e se conecta com o espiritual, o divino e a fé.

Pode parecer algo estranho do ponto de vista ocidental, mas o Oriente há milênios vê o tapete como um elemento tridimensional, algo que protagoniza por si mesmo e que está muito, muito além da finalidade básica de forrar o piso dos ambientes.

Para atestar a relevância que o tapete tem como um símbolo cultural e social, nada melhor do que observar a forma como é retratado nas mais diversas expressões artísticas do Oriente, sendo a própria arte de tecer uma arte em si mesma.

Mas aqui vamos sobretudo destacar a literatura, dado o peso histórico – muitos livros, apesar da narrativa fantasiosa ou não necessariamente real, podem servir como referência socioeconômica e cultural da época em que foram escritos – e a profundidade com que estenderam o significado do tapete.

As Mil e uma Noites

Do ponto de vista da maneira como o tapete é retratado na narrativa, as “As Mil e Uma Noites” é uma obra que não poderíamos deixar passar batida em um tema como o desta semana. Embora seja reconhecida como uma das mais importantes produções literárias do Oriente, ela não possui autores conhecidos nem uma versão completa que seja unânime ou consensual.

Os primeiros manuscritos que mencionam a existência desta coletânea de contos datam do século IX, mas a obra em si passou por diversas influências culturais, já que persas, árabes, egípcios e muitos outros povos acabaram se debruçando em traduções, adaptações, inclusões, complementações e retiradas de trechos e contos, o que torna impossível distinguir ou apontar uma versão original ou consensual da história completa.

Apesar destes diferentes pontos de vista, é possível notar que todas as versões têm em comum uma origem persa, já que as ‘As Mil e uma Noites’ da história se passam na antiga Pérsia e muitos dos trechos conhecidos trazem referências a elementos socioculturais desta civilização.

A coletânea de contos parte de uma passagem da vida de Xariar, um dos reis da Pérsia durante a dinastia dos Sassânidas. Após ter sido traído pela então esposa, ele decidiu somente se relacionar com as futuras noivas por uma noite, matando-as na manhã seguinte.

A única mulher capaz de interromper os planos do rei foi Xerazade: durante mil e uma noites, ela manteve a atenção do rei contando uma história por noite (ou parte delas, despertando a curiosidade do monarca), até dissuadir Xariar de suas intenções originais.

É a partir daqui que as divergências começam, afinal, para dar vida a mais de mil contos, muitas pessoas tiveram de usar da sua criatividade, tal como Xerazade, para criar as várias versões da obra.

A magia do tapete voador

O conto mais conhecido de ‘As Mil e Uma Noites’, curiosamente, é o mais contestado: atribui-se a sua presença da história de ‘Aladdin e a Lâmpada Maravilhosa’ a um tradutor francês, que teria adicionado este conto junto a várias outras adaptações depois tê-lo ouvido de um contador de histórias maronita de Alepo, na Síria.

Na versão mais famosa, Aladdin é um jovem adolescente que busca prolongar ao máximo sua rotina de infância, repleta de brincadeiras e travessuras, recusando-se a amadurecer ao aprender o ofício do pai e a ouvir os conselhos de sua mãe.

Esse paradigma se quebra no encontro de Aladdin com um mago muito habilidoso e poderoso, que acaba persuadindo o jovem a procurar em uma caverna uma espécie de lâmpada mágica em troca de muito dinheiro.

O feiticeiro esperava obter a lamparina para, dentro dela, despertar um gênio capaz de realizar todos os seus desejos, fortalecendo alguém que já detinha poderes sobrenaturais. Aladdin, no entanto, estraga os planos do mágico ao acionar acidentalmente a lâmpada. Diante do gênio, Aladdin pede para se tornar um príncipe e se casar com a filha do sultão, governando seu povo e lidando com as ameaças de vingança do feiticeiro, sempre à espreita.

Nesta história, bem conhecida pelas animações e adaptações para o cinema, é impossível não notar o destaque dado ao tapete, que neste conto não é só mágico por levitar, mas é utilizado por Aladdin e seus amigos para se deslocar.

Por trás da magia está um grande simbolismo. Por que um tapete? Por que voador? A história ressalta, de uma forma leve e até divertida, a importância do tapete na cultura oriental, utilizado por lá desde para receber pessoas em uma roda de chá até as orações islâmicas.

Ao passo que a própria peça já carrega o seu simbolismo em termos de beleza, desenhos e acabamento, ela transcende tudo isso ao voar (conexão com o divino e a fé) e ao acompanhar seu dono, mostrando que esta peça tem muito mais a nos oferecer do que imaginamos, principalmente quando achamos que só são usados para forrar o piso.

Nenhum outro tapete reúne tantas histórias e curiosidades como os persas. Por que não abrir as portas da sua casa para uma tradição milenar, que faz a nossa imaginação voar?

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