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Lázaro Medeiros | CASACOR SP 2024: Última semana para conhecer a fusão de arte, inovação e resgate histórico no ambiente Acalanto e Encontros

Lázaro Medeiros | CASACOR SP 2024: Última semana para conhecer a fusão de arte, inovação e resgate histórico no ambiente Acalanto e Encontros

Nicole Bykamy 1255 views Nenhum comentário

O ambiente Acalanto e Encontros, assinado por Bruno Moraes, é um portal para a alma do Brasil, onde cada detalhe valoriza as muitas raízes que formaram o país | Projeto BMA Studio | Foto: Guilherme Pucci

Com um olhar esperançoso para o futuro da arquitetura nacional, o arquiteto Bruno Moraes, à frente do BMA Studio, uniu camadas históricas, contemporâneas, culturais e tecnológicas para assinar o ambiente Acalanto e Encontros na 37ª CASACOR São Paulo que termina no próximo domingo (28.07).

Para 2024, a maior mostra de arquitetura, decoração e paisagismo das Américas pautou-se no tema ‘De presente, o agora’, reunindo renomados escritórios e profissionais para elaborar ambientes capazes de expressar o legado que o tempo presente está construindo para as futuras gerações e para o próprio planeta, principalmente no contexto da habitação. Sem receios de encarar esse desafio, Bruno entrelaçou passado, presente e futuro em uma narrativa arquitetônica sustentável e autêntica, evidenciada na escolha dos elementos, no uso de materiais reciclados, técnicas construtivas eco-friendly e práticas de design consciente.

Procuro reconhecer as nossas origens nos detalhes e reinterpretá-las dentro de uma leitura atual, pois elas sempre estarão conosco como parte da nossa identidade. Compreendo também que a formação de nossa ancestralidade tem como base o presente que, ao mesmo tempo, nos permite vislumbrar o futuro que desejamos estabelecer”, explica.

Por dentro do ambiente

Para quem precisa fazer uma pausa, o ambiente Acalanto e Encontros possui pontos de tomadas distribuídos no espaço que permitem aos visitantes o carregamento de dispositivos eletrônicos sem preocupações, enquanto desfrutam do aconchego e contemplação | Projeto BMA Studio | Foto: Guilherme Pucci

Bruno Moraes projetou um amplo living, de 59 m2, para impressionar e bem receber os visitantes da mostra. Com sofás modulares de formatos orgânicos que permitem uma circulação tranquila, os tons terrosos e off white adicionam o calor e a naturalidade necessários. Em uma mistura do antigo e o novo, as paredes curvas remetem a grande era do Art Nouveau, que influenciou o Modernismo e o Futurismo por explorar formas dinâmicas e inovadoras. E, no teto que atrai olhares curiosos, o profissional valorizou a estrutura histórica da laje nervurada do Conjunto Nacional ao adicionar uma camada extra de profundidade ao ambiente.

Executei um envelopamento de gesso que acompanha a construção original, que devido ao tombamento do prédio pelo patrimônio histórico, não era possível pintar diretamente as estruturas. Assim, conseguimos aplicar a cor verde, presente em diversos elementos do projeto, sem comprometer a integridade histórica do espaço”, enfatiza o arquiteto”, acrescentou Bruno.

No coração do Acalantos e Encontros, um grande tapete de 6 x 5,5 m, produzido com retalhos de diferentes tecidos, texturas, cores e formatos, impressiona tanto por sua aparência, como pela história. O arquiteto conta que a tapeçaria é uma canção de ninar indígena, congelada no tempo e na arte, e que evoca um legado longínquo e anterior ao descobrimento do Brasil.

Inspirado pela frase “Arquitetura é uma música congelada”, de Arthur Schopenhauer, o arquiteto Bruno Moraes aplicou o conceito à tapeçaria para reproduzir, em peça, a música Tenonderã, do Guarani que significa ‘um olhar para o futuro’ | Projeto do BMA Studio para a CASACOR São Paulo | Foto: Guilherme Pucci

A criação da peça é do próprio escritório BMA Studio, que empregou a Inteligência Artificial e ferramentas de software para transformar o som em formas geométricas visuais, onde cada onda sonora foi isolada e depois montada em uma composição com todas elas entrepostas até formar o desenho do tapete. Em parceria com a by Kamy Verde, foi possível imprimir todas as ondulações sonoras e confeccionar a peça a partir de sobras de tapetes cortadas em curvas perfeitas.

No décor, a fusão entre o longevo e o contemporâneo é uma característica marcante, mostrando como diferentes gerações e estilos arquitetônicos influenciaram a construção do ambiente. Na curadoria de arte, os quadros do fotógrafo Rogério Fernandes retratam os Jogos Mundiais Indígenas que aconteceram em Palmas – Tocantins no ano de 2015, dedicando uma homenagem ao evento de maior porte que já aconteceu. Outras obras dos baianos Kiolo e Mário Cravo expressam autenticidade para um espaço tão único.


Confira a matéria na íntegra clicando aqui!

Publicado em: PRESS-BY-KAMY
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