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by Kamy exalta a vida e a obra de Adriana Adam na DW! São Paulo Design Weekend 2021

by Kamy exalta a vida e a obra de Adriana Adam na DW! São Paulo Design Weekend 2021

Nicole Nigro 5470 views Nenhum comentário

Em sua décima participação na DW! Semana de Design de São Paulo, a by Kamy promove ao longo desta semana a mostra Design & Paixões: Adriana Adam, com a curadoria do arquiteto, jornalista e crítico de design Marcelo Lima.

Aberta ao público das 10h até 15h deste sábado (09), a exposição instalada em nossa loja Maison (Alameda Gabriel Monteiro da Silva, 1147, Jardim América) tem como objetivo revisitar e reverenciar o trabalho de uma das profissionais e empresárias brasileiras mais atuantes para a afirmação do design autoral nacional, desde a década 1970 até seu falecimento em 2014.

Para ambientar peças inéditas sugerindo um espaço interior, a exposição também reúne móveis Odara e luminárias da Itens Collection, marcas parceiras da by Kamy neste resgate da vida e obra de Adriana.

Parceria, aliás, que resultou no apoio destas três marcas ao 1º Prêmio Adriana Adam de Design, criado sob a inspiração do arquiteto e designer italiano Gaetano Pesce, um dos maiores nomes da cena internacional ainda em atuação.

A sabedoria ímpar de Gaetano em reconhecer capacidades criativas e artísticas o levou, apesar da distância cronológica, a fazer questão de homenagear neste concurso um grande talento feminino brasileiro, jogando luz a uma história provavelmente ainda desconhecida pelos próprios brasileiros.

Gaetano quer redescobrir o legado deixado por Adriana Adam nos jovens designers brasileiros. Como encontrar a garra, a vontade, a expertise, a ginga, o talento, os sonhos e os desejos semeados por uma talentosa mulher e fazer esses valores reflorescer em novos talentos?

O prêmio vem justamente de encontro ao objetivo de incentivar que esses talentos não fiquem para trás, não recuem, não tenham medo... cativar cada jovem a se expressar com talento, consistência e personalidade!

Em paralelo ao prêmio, a by Kamy vem exaltando há muito tempo o poder de se reinventar permanentemente, transformando-se para o futuro sem deixar de ser coerente com a sua história, ou seja, uma mescla entre passado, presente e futuro com protagonistas de diferentes olhares e experiências sobre o design e a vida.

Para ilustrar os momentos cruciais da carreira de Adriana Adam em ordem cronológica, a by Kamy preparou para esta DW! o lançamento de uma coleção exclusiva de peças, entre tapetes e tapeçarias, em parceria com cinco designers de diferentes origens e formações.

Confira abaixo as novidades da by Kamy no DW! 2021 distribuídas pelas cinco fases da vida e obra de Adriana Adam:

Os anos Forma, por Rodrigo Grauncke

Gaúcho de Augusto Pestana, o designer Rodrigo Grauncke, 29 anos, interpreta o início experimental da carreira de Adriana Adam, final dos anos 1970 e início dos 1980, por meio dos tapetes Maria-Mole, tufados à mão na Índia nas cores Amarela e Azul, e dos tapetes Arch, em duas versões feitas em nylon.

Tapetes Arch, assinados por Rodrigo Grauncke para by Kamy (Foto: Eduardo Soares)

Tapetes Maria Mole Amarela e Azul, assinados por Rodrigo Grauncke para by Kamy

“Os tapetes Maria Mole surgiram de um sonho, curiosamente, me vi com a Adriana em um evento e ela me pediu para olhar para baixo, dizendo que amou o tapete colorido de linhas orgânicas que ali estava. Acordei no meio da noite e comecei a desenhá-lo”, conta o designer Rodrigo Grauncke. “Já os Arch se baseiam nos pórticos, janelas, telhas e curvas muito utilizadas na década de 80, referências criativas de curvas e linhas retas para criar tapetes minimalistas, com cores sóbrias, além de trazer uma ideia lúdica de portal, afinal, em tempos tão difíceis, às vezes, carregamos o desejo de nos teletransportar para outro local”, completa.


Os anos Nucleon 8, por Luiz Antonio Azzolino

Para representar a arrojada Nucleon 8, empresa de Adriana que simbolizou um marco definitivo na afirmação do design nacional, o designer industrial paulista Luiz Antonio Azzolino, 26, criou os tapetes Tela, totalmente compostos por uma combinação de fibras de vinil e poliéster, conhecida como Revolution®, uma exclusividade da by Kamy no Brasil. Composto por um colorido módulo quadriculado e um totalmente cinza com círculos vazados, o tapete que resulta da sobreposição de ambos acaba se tornando uma divertida e personalizável combinação entre formas geométricas e cores.

Tapete Tela, assinado por Luiz Antonio Azzolino para by Kamy (Foto: Alexandra Montes)

“Desde pequeno, sempre fui fascinado por tudo que me rodeava e, no design, eu encontrei a possibilidade de interagir com as mais diversas áreas do conhecimento. Acho que, se estou neste papel de criar objetos, acredito que devo deixá-los divertidos e intrigantes para manter vivo nos outros o mesmo fascínio que sempre me intrigou”, afirma o designer industrial Luiz Antonio Azzolino.


Os anos Arquitetura da Luz, por Lucas Lima

O designer de produto paulistano Lucas Lima, 24, assumiu o desafio de representar a luz e a arquitetura em tapetes, simbolizando um dos períodos mais importantes da jornada de Adriana Adam à frente da vanguardista empresa Arquitetura da Luz. Deste desafio, surgem os tapetes Vitrô, três peças modulares feitas em nylon, que podem ser usadas para formar tapetes compostos quadrados e retangulares, além de se tornarem passadeiras.

Tapetes Vitrô, assinados por Lucas Lima para by Kamy (Foto: Edvaldo Júnior)

“Estudei diferentes vertentes da arte abstrata, da vanguarda russa aos grafismos indígenas, para encontrar noções estéticas e espaciais. A partir destas observações iniciais, fiquei encantado como o vidro canelado das janelas fechadas modulava a luz, uma experiência que busquei reproduzir em tapetes que se conversam e se completam”, explica o designer Lucas Lima. “A ideia da modularidade se conecta com a arquitetura, uma construção em blocos de algo maior e que extrapola a noção de bidimensionalidade”, completa.


Os anos Resinfloor, por Hening Kunow

Apaixonado pelo Brasil, o artista e designer alemão, Hening Kunow, 40, teve o privilégio de conhecer e conviver por alguns meses com Adriana Adam, quando tiveram a oportunidade de criar uma coleção de tapetes de resina na fábrica da Resinfloor em 2013. Dessas experimentações com a designer e mais de uma década de observações in loco no Brasil, o hoje morador do Nordeste Alemão contribuiu com o desenho de três tapetes. Feito em fibras nobres no Nepal, o Platibandas é uma ode às cores do Brasil, assim como Olho d’Água e Milagres, compostos por fragmentos de outros tapetes selecionados no galpão da by Kamy Verde.

Tapetes Milagres e Olho d’Água, assinados por Hening Kunow para by Kamy (Foto: Arthur Verechi)

“Uma das grandes paixões da Adriana, que também acabou se tornando uma das minhas, foram as platibandas e suas cores inusitadas, além das formas e composições únicas e excêntricas. Sou apaixonado pelas cores do Brasil e de sua arquitetura. Em homenagem a uma pessoa que tanto investiu com seu conhecimento e a sua empresa em mim, esse projeto nasceu alegre, colorido e inovador, como a própria Adriana”, afirma Hening Kunow.


Os anos Pesce, por Kiko Maldonado

A maturidade e a ousadia de experimentar tornam Kiko Maldonado, 61, o nome ideal para representar os últimos anos da vida e obra de Adriana Adam. Diretor de arte da by Kamy Verde, o artista encabeça a unidade criativa 360º da by Kamy, promovendo o upcycling de sobras e recortes de tapetes na criação de peças únicas e exclusivas.

Tapeçarias Sirena e Pesce, assinada por Kiko Maldonado para by Kamy (Foto: Eduardo Soares)

“A amizade com o mestre italiano Gaetano Pesce marcou os últimos anos de Adriana, duas mentes brilhantes conectadas pela insaciável vontade de criar e inovar por meio do design e da arquitetura. Da mesma forma que Pesce, ficamos encantados com a jornada de Adriana e buscamos eternizar esse ciclo com uma tapeçaria composta por dois módulos, Sirena e Pesce, que reaproveita o passado para ditar o presente e moldar o futuro”, afirma o designer Kiko Maldonado.


Relembrar é viver! Confira o que a by Kamy apresentou em suas últimas participações na DW!:

2020: Metamorfose

2019: Insieme

2018: Tramas das Artes

2017: Alquimia

2016: Fio da meada

2015: Natureza Geométrica

2014: DNA Têxtil

Todas essas novidades só fazem sentido se conseguimos enxergar por trás delas o legado deixado por Adriana Adam. Por isso, convidamos o arquiteto, jornalista e curador da mostra, Marcelo Lima, para narrar do seu próprio punho a história de uma personagem determinante para o sucesso do design autoral brasileiro!

A história da designer e empresária Adriana Adam tem início em Bucareste, capital da Romênia, sua cidade natal, de onde emigrou com seus pais para o Brasil ainda criança. Por aqui, a família se instala em São Paulo, mais precisamente no bairro de Higienópolis, no qual, entre idas e vindas, Adriana viveu a maior parte de sua vida.

Formada em desenho industrial pelo Instituto Mackenzie e pós-graduada pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), no final da década de 1970, Adriana passa a atuar no departamento de desenho industrial da então Móveis Forma, empresa paulistana pioneira no segmento de design, responsável pela introdução no Brasil do próprio ofício aplicado à produção de móveis e objetos.

Por lá, ela colabora na edição da primeira linha de móveis para ambientes corporativos desenvolvida com tecnologia 100% nacional. Coordena a implantação de unidades da marca em algumas das principais capitais brasileiras e acompanha a chegada ao Brasil da linha I Maestri, da italiana Cassina, que reeditou, em escala industrial, o mobiliário criado pelos grandes mestres do modernismo internacional.

Uma experiência definitiva em sua trajetória profissional, que fez nascer na jovem designer o desejo de lançar o mesmo olhar investigativo sobre a produção brasileira nas primeiras cinco décadas do século 20.

Dessa experiência mais do que frutífera, Adriana cria a Nucleon 8 em 1987. A empresa – editora de mobiliário brasileiro e fundada junto à arquiteta Consuelo Cornelsen, o designer Paulo Milani e o empresário Zeco Beraldin – abre suas portas em uma icônica sede, num imóvel projetado por Flávio de Carvalho e localizado na Rua Ministro Rocha Azevedo, no bairro dos Jardins, em São Paulo/SP.

A Nucleon 8 se torna um marco definitivo na afirmação do design nacional, responsável pela edição de móveis até então inéditos e desenhados por arquitetos como Flávio de Carvalho, Lina Bo Bardi, Paulo Mendes da Rocha, Vilanova Artigas, Gregori Warchavchik, Lasar Segall e Jonh Graz.

Uma atitude absolutamente arrojada e pioneira diante de um mercado e público que ainda oscilava entre o estilo “colonial” brasileiro e os importados italianos. Referência na cena do efervescente design paulistano, sob a direção de Adriana, a Nucleon 8 se converte desde cedo em ponto de encontro da vanguarda local. Um lugar que ia muito além de comercializar móveis: difundia de maneira definitiva o trabalho dos jovens talentos brasileiros.

Da promissora safra de profissionais revelados por ela nesta fase, com a participação direta de sua amiga de toda a vida, a jornalista Maria Helena Estrada, fazem parte os internacionais irmãos Fernando e Humberto Campana, por exemplo. Disruptiva, quase indecifrável para os padrões da época, o lançamento de “Desconfortáveis”, a primeira coleção de móveis da dupla, teve lugar em um antigo galpão inativado da Rua Mourato Coelho, na Vila Madalena em São Paulo/SP.

Este foi o segundo endereço da designer na cidade e onde, por quase duas décadas, funcionou a Arquitetura da Luz, outra de suas empresas com perfil de vanguarda. Focada em iluminação decorativa e ornamental, a Arquitetura da Luz trouxe para o Brasil tecnologias como o sistema de alimentação de baixa voltagem e a fibra óptica.

Atuando em todo o país, a designer iluminou de residências a hotéis, de jardins a mostras temáticas. Sempre a partir de um ponto de vista questionador, inovativo, avesso às convenções.

Talvez tenha sido essa postura avant-garde, impressa em todos os aspectos de sua vida, que levou Adriana Adam a conhecer e admirar a obra de Gaetano Pesce.

Direta – ou por via de longos “faxs”, os e-mails da época – a comunicação entre os dois, durante décadas, sempre foi farta, permanente, intensa. Por pouco, não acabou se materializando em uma torre de apartamentos construída em São Paulo, mas se efetivou em um pequeno conjunto de casas que o arquiteto construiu na Bahia, num projeto não menos criativo que o constante imaginário de ambos.

Foi sob inspiração de Gaetano, inclusive, que nos últimos anos de sua vida, Adriana se dedicou a instalar pisos de resina pelos mais diversos espaços do país. Foi pensando em Adriana que Gaetano Pesce criou o Concurso Adriana Adam de Design, que tem sua primeira edição este ano e conta com o apoio da by Kamy, da Itens Collections e da Odara. Tudo para que, nas palavras do mestre italiano, as novas gerações possam reverenciar a sua memória por meio do que Adriana sabia fazer de melhor: revelar talentos ao mundo.


Se você não conseguiu nos visitar a tempo de conferir a exposição, fique tranquilo! Confira nosso tour 360º clicando aqui. Além disso, o @bykamy está recheado de fotos e vídeos distribuídos entre feed, stories, reels e destaques. Além de todo esse farto material audiovisual, não paramos por aí: neste domingo (10) publicaremos um IGTV especialíssimo sobre as novidades, os designers e os bastidores desta semana que é uma das mais importantes para nós.

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